Turismo ferroviário é um dos destinos mais consolidados no Paraná

Assunto foi destacado durante o 1º Fórum de Fomento ao Turismo Ferroviário Brasileiro, realizado nesta terça-feira (21) em Curitiba. Turismo de trens no Litoral do Estado e as Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, foram os destinos citados como mais consolidados do Estado.
Publicação
21/11/2023 - 20:51
Editoria

Debatido no 1º Fórum de Fomento ao Turismo Ferroviário Brasileiro, nesta terça-feira (21), em Curitiba, o turismo por meio do trem foi destacado pelo secretário do Turismo, Márcio Nunes. Durante o evento, ele citou que o Paraná possui duas categorias muito bem consolidadas no trade: o turismo das Cataratas do Iguaçu e o da Serra Verde Express, na Serra do Mar.
O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Operadores de Trens Turísticos e Culturas (ABOTTC), com apoio da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Sebrae. Durante todo o dia os participantes contaram com palestras, painéis, oficinas e o passeio de trem da Serra Verde Express para Morretes como visita técnica. 
De acordo com dados da Adetur Litoral (Agência de Desenvolvimento Cultural e do Turismo Sustentável do Litoral do Paraná), o passeio de trem no trajeto Curitiba-Morretes é o segundo mais procurado do Estado. Somente no ano passado, foram 255 mil passageiros.
Segundo o secretário do Turismo, Márcio Nunes, o turista procura destinos onde se sente seguro para passear, com infraestrutura e sustentabilidade. Ele destacou que o Paraná tem chamado a atenção em todo o país por ter o maior índice do IDEB, a maior diminuição de homicídios, e por ser o Estado mais sustentável do país segundo a OCDE e tricampeão em sustentabilidade de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados. 

“O Paraná também é o Estado que mais recebeu investimentos da iniciativa privada nos últimos cinco anos. Com todo esse pacote, o turismo no Estado cresceu 37% este ano em comparação com o ano passado. Com o objetivo de que o turista vá embora e recomende passeios no nosso Estado, o Governo investe, muitas vezes através de parcerias, na mão de obra qualificada e em infraestrutura”, disse.

ECONOMIA LOCAL – O presidente da ABOTTC e Diretor Geral da Serra Verde Express, Adonai Arruda Filho destacou a importância dos trens turísticos para a economia local. “Através do turismo ferroviário, dinamizamos a economia local, promovendo o crescimento de pequenas e médias empresas, além de ofertar vagas de empregos. Um estudo realizado há 15 anos pelo Sebrae nacional aponta que cada passageiro gasta, em média, R$ 600 na região”, disse. 
De acordo com informações da Adetur Litoral, o município fica com 48% da arrecadação em comércio e serviços e, somente no município de Morretes, o total de turistas que utilizam o passeio de trem injetam, em média, R$114 milhões ao ano na região.

NOVA FERROESTE – O Governo do Paraná, através do projeto da Nova Ferroeste, visa a construção de uma malha ferroviária com 1.567 km, ligando o estado ao Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Embora seja voltada para o transporte de cargas (grãos e proteína animal), a Nova Ferroeste pode desencadear o aumento das viagens turísticas entre Curitiba e Morretes. 
Com a construção de uma segunda descida da serra do mar, haverá a possibilidade do Governo Federal alterar a circulação de carga da capital e da Serra do Mar. A oportunidade é a renovação ou relicitação da Malha Sul, prevista para 2027, prevendo a possibilidade da carga da Malha Sul migrar para a Nova Ferroeste. Com estrutura moderna, esta alternativa vai permitir maior agilidade para o transporte do crescente volume de carga para exportação pelo Porto de Paranaguá. 
Essa mudança de fluxo vai tornar o atual trecho exclusivo para exploração turística, permitindo maior frequência de viagens e aumento do número de pessoas que transitam entre a capital e o litoral do estado.
A Lei 14.273, de 2021, conhecida como a  Lei de Ferrovias, regulamenta o investimento privado para a exploração de linhas férreas federais ociosas. A norma incentiva também o desenvolvimento tecnológico, preservação da memória ferroviária, competitividade, inovação, segurança, proteção ao meio ambiente, eficiência energética e qualidade do serviço de transporte ferroviário brasileiro.

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