Do Dia Que Olhei No Espelho e Não Me Encontrei
Os padrões de beleza se mostram cruéis e discriminatórios, principalmente com mulheres. É a partir dessa reflexão que a autora e atriz Pagu Leal realiza a peça "Do Dia Que Olhei no Espelho e Não Me Encontrei". A encenação mescla stand up comedy, reflexão filosófica e relato pessoal para questionar o ideal de beleza hegemônico na cultura contemporânea. Com humor, Pagu percorre um caminho dialógico muito confidente, convidando o público a refletir sobre sua relação com o próprio corpo. "O padrão ignora o envelhecimento natural das mulheres e objetifica corpos de jovens e adolescentes", argumenta Pagu. "Além disso, não considera cores, biotipos, contextos sociais, cultura, religião e tantas outras diversidades", completa. Ao fim, a peça é, nas palavras da artista, um convite à aceitação e ao amor próprio. A direção artística é de Giorgia Conceição, que a partir do convite da autora, conferiu ambiência teatral ao texto, que já existia na forma de pequenas crônicas e trechos de aula. A peça é seguida de uma roda de conversa e compartilhamento de experiência sobre o tema. Ferramenta importante e que tem se mostrado uma maneira democrática de estender o alcance desta discussão e possibilidade contemporânea para que teatro também seja instrumento de expressão do público.
Rua Mateus Leme, 4700, Teatro Cleon Jacques - Memorial Paranista, São Lourenço, Curitiba-PR, Brasil