Estado faz reuniões para elaboração do plano de trabalho dos Caminhos de Peabiru

Próximas etapas serão as ações junto aos 96 municípios que fazem parte da trilha que corta o Paraná de Leste a Oeste. Até o momento, já foram realizadas reuniões de sensibilização para a adesão ao programa; para orientar os municípios a fazerem a adesão ao programa; alinhamento com a Fadec-UEM; e com especialistas em história e arqueologia dos Caminhos.
Publicação
11/06/2025 - 14:33
Editoria

O Programa Rota Turística Caminhos de Peabiru, lançada pelo Governo do Paraná, está em andamento com a preparação do Plano de Trabalho para dar início aos Estudos e Projeto de Implementação, Comunicação e Divulgação da Rota Turística Caminhos do Peabiru junto aos 96 municípios que fazem parte da trilha que corta o Paraná de Leste a Oeste. O Estado está realizando reuniões técnicas com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico da Universidade Estadual de Maringá (Fadec-UEM) e profissionais de diversas áreas para a elaboração das etapas a serem executadas na prática.

O Programa é coordenado pela Secretaria do Turismo do Paraná, com ações executadas pela Secretaria do Planejamento, através da Paraná Projetos – vinculada à pasta. Para o secretário estadual do Turismo, Leonaldo Paranhos, o valor turístico dessa rota representa um avanço para o Estado.

“O Peabiru tem um grande potencial para impulsionar o turismo de maneira respeitosa, valorizando toda a história e as culturas que o envolvem, e fomentando a geração de emprego e renda de Leste a Oeste”, afirmou.

Nesta terça-feira (10), o grupo se reuniu com historiadores das áreas antropológica e arqueológica para a definição de critérios a serem repassados aos municípios. Até o momento, já foram realizadas reuniões de sensibilização para as IGRS e Gestores Municipaispara a adesão ao programa; para orientar os municípios no processo operacional a fazerem a adesão ao programa; alinhamento com a Fadec-UEM; e com especialistas em história e arqueologia dos Caminhos.

Estão previstas para acontecer, ainda este mês, reuniões regionais de orientação aos municípios para início das ações de mapeamento das áreas estratégicas para a definição do traçado a ser trabalhado junto aos seus Grupos de Trabalho Municipais. As etapas para estruturação da rota preveem capacitação para elaboração do mapa, pesquisa científica nas áreas antropológica, sociológica, histórica e geográfica; e consulta pública junto à comunidade local.

  • Hotel de Foz do Iguaçu é apontado como o melhor do Brasil em lista internacional

“O Caminhos do Peabiru é uma iniciativa sob nossa governança que representa um vetor fundamental para o desenvolvimento dos municípios participantes. Ao valorizar e revitalizar esse histórico percurso, estamos resgatando um patrimônio cultural e histórico, e também impulsionando o turismo, a economia local e a geração de empregos. Ele conecta pessoas, histórias e oportunidades, fomentando a identidade regional e promovendo um crescimento sustentável e inclusivo para todos os envolvidos”, disse Ulisses Maia, secretário estadual do Planejamento.

CRONOLOGIA – Em setembro do ano passado, o Governo do Paraná realizou um evento com mais de 1,3 mil pessoas, entre diretores e professores de escolas, autoridades e especialistas, para promover os Caminhos do Peabiru, além da participação de, pelo menos, sete pastas de Estado.

Em novembro de 2024, o governador assinou o Decreto Nº 8.025 que instituiu o Programa Rota Turística do Caminho de Peabiru, estabelecendo as funções de cada secretaria no desenvolvimento da rota, com base na Lei nº 21.046 de maio de 2022, que já declarava o caminho como Patrimônio de Natureza Cultural Imaterial Paranaense.

Neste ano, em janeiro, mais de 200 representantes de 90 municípios paranaenses participaram de uma orientação, sensibilização e qualificação sobre a rota. Outro encontro importante aconteceu em abril deste ano, com foco na importância das trilhas no fomento aos territórios.

IDENTIDADE REGIONAL- Nesta semana, foram debatidos temas como a elaboração do Plano de Trabalho por parte da Fadec-UEM junto aos municípios; temas como a origem de nomenclaturas, que remontam a troncos linguísticos indígenas; a importância cultural do caminho; as comunidades que ao longo de séculos viveram no entorno da rota e os sítios arqueológicos que resguardam vestígios de outras épocas do Peabiru, espalhados pelos municípios.

  • Estado apresenta atrativos a mais 450 agentes de viagens em eventos da Azul e CVC

“Isso é muito importante para o programa, porque temos especialistas na história do Caminhos de Peabiru e da questão envolvendo as culturas e comunidades originárias, que podem ajudar a contar essa história turística ao Paraná", comentou Aparecido Violi, assessor técnico de Projetos Estruturantes da Secretaria do Planejamento.

Um dos exemplos citados pelos técnicos foi o do município de Laranjeiras do Sul (Centro-Oeste), que tem a origem de seu nome relacionada aos indígenas que passavam pela rota, ressaltando a quantidade de laranjais presentes naquele local.

“Considerando que a Rota também tem essa frente de resgate da história, é fundamental para o programa as diversas vertentes e possibilidades de integrar o turismo com a história, cultura viva dos povos originários e com a educação patrimonial”, disse Anna Vargas, coordenadora de Gestão e Sustentabilidade da Secretaria do Turismo.

“O Plano de Trabalho está sendo finalizado e os próximos passos serão as oficinas com os municípios que fazem parte dos 26 trechos da rota. Nossas pesquisas científicas focam no desenvolvimento econômico, social e ecológico”, disse Sidinei Silvério da Silva, coordenador técnico de projetos da UEM.

PEABIRU – Os Caminhos de Peabiru são uma rota histórica de mais de 3 mil anos que atravessa o Paraná e vai até o Peru, conectando o Oceano Atlântico ao Pacífico. Ela é uma rede de trilhas que, somente no Paraná, totaliza 2,2 mil km, indo de Paranaguá a Foz do Iguaçu e Guaíra, passando por mais de 700 sítios arqueológicos.

  • Real, Dólar e Euro: Paraná é comercializado em plataformas mundiais de turismo

“É fantástica essa iniciativa que une a história, a memória e a gestão pública. O Governo do Estado apoiar para que a população se perceba herdeira dessa identidade e de toda essa história que está entrelaçada fortalece o Paraná e o seu povo", disse Cláudia Parellada, arqueóloga do Museu Paranaense, vinculado à Secretaria de Estado da Cultura.

O Caminho foi usado por diferentes povos indígenas, como os Guarani, Kaingang e Xetá e, posteriormente, por exploradores europeus, jesuítas e incas. As trilhas tinham como propósito o comércio e comunicação entre aldeias, além de fins religiosos.

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Quer saber mais? Acompanhe nossas redes sociais, curte, compartilhe e comente!

   Instagram           Facebook 

GALERIA DE IMAGENS